Mulheres da Bíblia

São mulheres que ja deve ter ouvido falar, quando ler sobre elas, vê suas experiências com carinho. E veja que isso pode te ajudar no seu dia-dia.

Debora
Deus Se serve de homens e mulheres para cumprir Seus propósitos. Débora era uma mulher humilde e simples. “Ela atendia debaixo da palmeira de Débora, entre Ramá e Betel, na região montanhosa de Efraim; e os filhos de Israel subiam a ela a juízo” (Jz 4.5). Era perfeito exemplo de simplicidade, desprendimento, dedicação, confiabilidade e submissão a Deus. O povo confiava nela, e a buscava para resolver seus problemas.

Ela era profetisa em Israel e chegara o momento de realizar um gigantesco trabalho: levar o povo à luta contra os inimigos de Israel, oprimido por nação estranha. Não era só isso. Israel devia ser levado de volta à adoração ao verdadeiro Deus. Foi em razão da falsa adoração que lhes sobrevieram as opressões de estrangeiros. E Débora era essa pessoa. Naquele momento, a pessoa mais fiel ao Pai, suficientemente confiável para realizar na Terra o que o Criador planejara no Céu.

Durante vinte anos, os israelitas sofreram sob o jugo do opressor. Então eles abandonaram a idolatria e em humildade e arrependimento clamaram ao Senhor por livramento. E não clamaram em vão. O Senhor comunicou a Débora o Seu propósito de destruir os inimigos de Israel, mandou que chamasse um homem por nome Baraque, da tribo de Naftali, e lhe desse a conhecer as instruções que recebera. Ela mandou chamar Baraque e instruiu-o a reunir dez mil homens das tribos de Naftali e Zebulom a fim de guerrear contra o exército do rei Jabim. Ele, porém, disse que não iria sem ela. Ao que Débora respondeu: "Certamente irei contigo, mas saiba que, por causa do seu modo de agir, a honra não será sua, pois o Senhor entregará Sísera nas mãos de uma mulher. Levantou-se, pois, Débora, e foi com Baraque a Quedes" (Jz 4.9). Débora comemorou a vitória de Israel num cântico muito exaltado e sublime. Ela atribuiu a Deus toda a glória do livramento deles e mandou que o povo O louvasse por Suas obras maravilhosas.

Débora dirigiu um trabalho completo nesse episódio: foi o instrumento pelo qual Deus derrotou os inimigos do povo e levou este povo outra vez a reconhecer Deus como o Criador, merecendo adoração e culto. Débora foi completa no que fez. Através de uma pessoa, uma líder, todo um povo foi salvo. Para fazer um grande trabalho, Deus não precisa mais do que uma pessoa fiel. Essa pessoa pode abalar o planeta todo, pelo poder de Deus.




Esperança na infertilidade
( Ana )
Introdução:
A viagem anual para adorar em Siló deve ter sido árdua para Ana. Ela era a esposa favorita de seu marido, Elcana, mas a outra esposa, Penina, tinha filhos. Em adição á agonia da infertilidade, Ana vivia o desespero que mulheres sem filhos enfrentavam naquela cultura, uma vez que isso determinava o valor delas. Ser estéril significava que Ana era almadiçoada por Deus e viveria na miséria quando enviuvasse.

“Onde esta Deus”?, ela deve ter perguntado enquanto suas orações ficavam sem resposta ano após ano. Nessas jornadas a Siló, Penina gosta de fazer Ana se sentir-se miserável. Imagine como Penina a insultava por cima das vozes de seus filhos e filhas. O marido de Ana, Elcana, teve boas intenções, sem duvida, quando perguntou: “Ana, porque choras”? E porque não come? E por que está mal o teu coração? Não te sou eu melhor do que dez filhos? Como poderia ela explicar?
Ana foi encontrada orando com tamanha emoção na presença de Eli, o sacerdote, que ele achou que ela estivesse bêbada e lhe disse: ”Aparta de ti o teu vinho”. Você é capaz de imaginar como Ana se sentiu? Penina a insultou, seu marido tentou anima-la sem muito cuidado e, em seguida, o sacerdote a acusou de estar embriagada.
Acrescente tudo isso á luta de Ana contra a infertilidade. Como conseguiu se explicar ao sacerdote em explodir? Na realidade, ela fez justamente isso; mas Eli garantiu-lhe que Deus responderia sua oração. Não cedendo ao ceticismo, ela sentiu-se muito melhor.
Conforme o esperado, Samuel nasceu. Poucos anos mais tarde, Ana levou o garoto – seu único filho - a Eli para servir ao Senhor “por todos os dias que viver”. Não era tentador ficar com o filho que tanto pediria? Podemos imaginar a gratidão habilmente cultivada e força de caráter dessa mulher, capaz de renunciar a criança que tanto desejara.
Ana então dedicou uma canção que tornou-se conhecida em Israel. A canção fala da habilidade de enxergar alem do “eu” e focalizar nas lutas daqueles que estão ao seu redor. Mostra compreensão que Ana tinha dos caminhos de Deus.
Ela cantou não apenas como Deus a beneficiou – “A estéril deu a luz sete filhos”, mas também a obra de Deus – “Porque do Senhor são os alicerces da terra, e assentou sobre eles o mundo e a maneira como Deus age no mundo" – “Levanta o pobre do pó, e desde o monturo exalta o necessitado, para fazê-lo assentar entre os príncipes, para fazê-lo herdar o trono da glória”.
Depois de alguns anos, Ana e Elcana tiveram três filhos e duas filhas, mas Ana nunca esqueceu-se de Samuel. Ela confeccionava uma túnica especial de linho para ele todos os anos.
Com lutas pessoais como essa – esterilidade, inveja, problemas relacionados a filhos – é fácil enorme força de caráter que a impelia a devotar-se a Deus e a enxergar além de si mesma.

Para saber mais a respeito de Ana, leia 1Sm 1.1 – 2.21.1



Uma mulher temente a Deus e eleita rainha pela vontade dEle, vamos falar de Ester, uma bela jovem judia que havia sido criada por um tio chamado Mardoqueu. Ela era temente a Deus e, por Sua providência, foi escolhida como rainha do império Medo-Pérsia.

Numa situação extrema, em que um homem chamado Hamã decidiu exterminar os judeus, pelo fato de Mardoqueu não se curvar diante dele, ela decidiu apelar a Xerxes em favor do seu povo. Ester devia aventurar-se a ir a sua presença como intercessora. "Quem sabe", dizia Mardoqueu, "se para um momento como este chegaste a posição em que se encontra?" (Ester 4:14).

A crise que Ester enfrentava demandava ação fervorosa e imediata; mas tanto ela como Mardoqueu sentiam que a menos que Deus operasse poderosamente em seu favor, seus próprios esforços seriam vãos. Assim Ester tomou tempo para comunhão com Deus, a fonte de sua força.

"Vai", mandou ela dizer a Mardoqueu, "ajunta a todos os judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim, e não comais nem bebais por três dias, nem de dia nem de noite, e eu e as minhas moças também assim jejuaremos. E assim irei ter com o rei, ainda que não é segundo a lei; e, perecendo, pereço." (Ester 4:16).

“Os acontecimentos que se seguiram em rápida sucessão - a apresentação de Ester perante o rei, o assinalado favor a ela mostrado, os banquetes do rei e da rainha com Hamã como o único comensal, o sono perturbado do rei, a honra pública mostrada a Mardoqueu, a humilhação e queda de Hamã após a descoberta de sua ímpia trama - tudo pertence a uma história familiar. Deus operou maravilhosamente por Seu povo; e um decreto em contrapartida baixado pelo rei, permitindo-lhes lutar por sua vida, foi rapidamente comunicado a toda parte do reino por correios a cavalo, que "saíra a galope, por causa da ordem do rei”. (Ester 4:14)

A mensagem é pertinente para os nossos dias. A pergunta feita à rainha naquela momento de crise da história de Israel é a mesma que Deus nos faz hoje: "Quem sabe se para um momento como este chegaste a posição em que se encontra?" E, assim como nos dias de Ester e Mardoqueu, o Senhor zela por Sua verdade e pelo Seu povo.

O decreto que será promulgado contra aqueles que O servem há de oferecer muita semelhança com o de Hamã. Mas, assim como a rainha e os judeus jejuaram e oraram e o Deus dos Céus os ouviu e os livrou, o mesmo acontecerá conosco. É necessário, apenas, tomarmos posição de filhos de Deus, pois Ele mesmo diz em Sua Palavra: "Clame a mim e eu responderei e lhes direi coisas grandes e insondáveis que você não conhece". (Jeremias 33:3).